... ter o meu primeiro Sinterklaas!
... aperceber-me de que já consigo traduzir quase um menu inteiro nos restaurantes; saber que o pão que trazem como entrada é grátis, e falar um bocadinho mal de Portugal porque lá tem sempre de se pagar;
... aperceber-me de que já consigo traduzir quase um menu inteiro nos restaurantes; saber que o pão que trazem como entrada é grátis, e falar um bocadinho mal de Portugal porque lá tem sempre de se pagar;
... ter passado a deixar o mapa em casa, já saber onde muitas ruas ficam e conhecer atalhos; ter minimamente ar de local e começar a ter turistas a pedir-me direcções, sendo que já sei dá-las correctamente;
... parar de pagar as viagens de tram para ir e voltar da faculdade, porque já sei que não vai haver controlo nenhum;
... parar de pagar as viagens de tram para ir e voltar da faculdade, porque já sei que não vai haver controlo nenhum;
... passar a dizer "Groenplaats" como deve ser, com um "gr" vindo da garganta em vez de algo como "grouênplátz"; dizer "dankjewel" e "alsjeblieft" com a mesma entoação com que andei a gozar durante 5 meses; descobrir a forma correcta de dizer "Meir", que é a rua mais conhecida da Antuérpia;
... começar a andar de bicicleta com uma mão no bolso (coisa mais típica não há!), porque passei a achar que os belgas têm razão e está demasiado frio para ter as duas mãos no guiador - e não ter voltado a cair, depois daquele momento "mãe, pai, olhem sem dentes!" que tive no início; comprar luvas e lenços/cachecóis, coisas que nunca gostei, porque não há nada mais doloroso e que mais pare a circulação do que uns meros 2 minutos de bicicleta, na Bélgica, sem luvas calçadas; calcular o tempo para chegar a algum lado em minutos-de-bicicleta em vez de tempo a pé;
... passar a respeitar as passadeiras, porque aqui todas as ruas têm passadeiras com semáforos e, quem atravessa sem estar verde, ou é multado automaticamente ou passam-lhe por cima (incluindo as bicicletas, que só vêem as suas faixas vermelhas à frente e acham que qualquer pessoa que ponha um pé nelas merece ser atropelado);
... passar a respeitar as passadeiras, porque aqui todas as ruas têm passadeiras com semáforos e, quem atravessa sem estar verde, ou é multado automaticamente ou passam-lhe por cima (incluindo as bicicletas, que só vêem as suas faixas vermelhas à frente e acham que qualquer pessoa que ponha um pé nelas merece ser atropelado);
... dar saltinhos de alegria quando um café custa menos de 2€ e achar esquisito quando não trazem uma bolacha; ter parado de beber cafés a torto e a direito, como boa portuguesa, e passar antes a beber chá verde numa esplanada ao Domingo de manhã;
... ter entrado em pânico quando soube que a temperatura média em Janeiro e Fevereiro era cerca de -1ºC, ter sobrevivido perfeitamente aos graus negativos e, neste momento, achar que qualquer temperatura acima de 5ºC é praticamente Verão e só pode estar um dia espectacular para passear; saber que vou amaldiçoar as casas portuguesas quando voltar para lá e não tiver aquecimento central, porque aqui podem estar -10ºC e ainda como gelado e ando por casa de top e calções;
... saber curiosidades sobre a cidade e os monumentos e, por viver na Antuérpia, pô-la no topo das cidades belgas e falar um bocadinho mal de Bruxelas;
... odiar cerveja portuguesa (até o cheiro) e agora adorar as cervejas belgas e gabá-las a toda a gente; vasculhar os sites do Continente e Jumbo para tentar descobrir os produtos a que me habituei a usar aqui e que, infelizmente, não vão ser fáceis de encontrar em Portugal;
... antes de vir, não saber onde era a Antuérpia nem nunca me ter passado pela cabeça vir de férias à Bélgica mas, agora, estar sempre a dizer que isto é tudo lindíssimo e que tem imensas cidades que valem a pena visitar.
... antes de vir, não saber onde era a Antuérpia nem nunca me ter passado pela cabeça vir de férias à Bélgica mas, agora, estar sempre a dizer que isto é tudo lindíssimo e que tem imensas cidades que valem a pena visitar.
Gosto disto. Mas, agora, está quase na hora de voltar para o sol e praia!
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